Quando se analisa a estrutura de preços do etanol é preciso levar em consideração alguns pontos como o preço do produtor, o imposto (ICMS), a questão logística e a margem de posto e distribuidor. Em uma rápida explanação, Mário Campos, presidente da Siamig, pontua algumas alternativas para que o etanol seja consumido em maior escala em Minas Gerais, já que segundo ele, boa parte do produto é vendido para outras regiões.
“No caso da logística o problema é resolvido a longo prazo, quanto a margem da distribuidora não há muito o que fazer, pois existe um mercado livre e, sobrou apenas a questão de preço do produtor que já está vendendo abaixo do custo de produção”.
Segundo ele, o único ponto que resta para implementar uma política para aumento do consumo de etanol em Minas é a redução do ICMS. “Hoje ele está em 19% no Estado, mas igualar a tarifa com São Paulo é muito difícil. Acredito que qualquer mudança que conseguirmos é uma vitória. Em Minas a diferença de alíquota entre etanol e gasolina é de 19% para 27%, ou seja, são oito pontos percentuais. Em São Paulo a alíquota da gasolina é de 25% e ICMS do etanol é taxado em 12%, são 13 pontos percentuais. Por isso, qualquer iniciativa que possa aumentar essa diferença representa um ganho de competitividade para o segmento. Trabalhamos para alguma mudança para 2015 pois o setor não pode esperar muito tempo”, reforça.