Mercado

Fabricantes começam o ano com reajuste nos preços dos veículos

Neste início de ano, várias montadoras já anunciaram aumentos de preços de automóveis. Ontem, a Ford anunciou que, a partir da próxima segunda-feira, os modelos da marca vão ser reajustados entre 1,3% e 2,1%.

De acordo com a empresa, o objetivo é a recuperação parcial das altas do aço e de pneus ao longo do ano passado. A GM informou anteontem que, desde terça-feira, seus modelos estão mais caros entre 0,3% e 1,9%.

A Honda divulgou, também anteontem, altas que variam entre 2% e 4,1%. A Fiat reajustou suas tabelas em 27 de dezembro. Os modelos ficaram, em média, 1,8% mais caros. O menor reajuste foi de 0,8%, para o novo Palio Weekend. O maior, de 1,99%, para o Uno Mile Fire 1.0 duas portas.

Segundo a assessoria de imprensa da montadora, as altas ocorreram para recuperação de vários aumentos de preços de insumos ao longo de 2004.

Mais caro em 2004

Segundo levantamento divulgado pela agência Autoinforme, o preço do carro zero km ficou 14,6% mais caro no ano passado. Em 2003, quando as montadoras congelaram suas tabelas devido a um acordo feito com o governo para redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o preço havia subido apenas 5,3%.

Em 2002 o aumento do carro novo foi de, em média, 8,9% e em 2001 de 1,4%.

Segundo análise da Autoinforme, os aumentos no início de 2004 foram significativos exatamente por conta do congelamento no ano anterior por causa da redução do IPI. Quando houve o fim do congelamento, os preços subiram bastante até meados do ano, de acordo com a agência.

No segundo semestre, os preços se mantiveram estáveis, e chegaram a cair em novembro. Em dezembro, o preço subiu 0,48%.

Manter um carro também ficou mais caro em 2004: levantamento realizado também pela Autoinforme mostra que a inflação do carro foi de 11,3% no ano passado, acima dos 7,5% previstos para a inflação do período.

Para chegar à variação do custo médio de manutenção de um veículo, a agência leva em conta 30 itens, como combustível, óleo, peças e lavagem, entre outros.

Em 2004 o item que mais cresceu foi o álcool, com 57%. Em seguida vem reposição de lona de freio (52,6%), amortecedores (44,9% a mais), filtro de combustível (40,8%) e óleo de motor (37,2%). O aumento da gasolina foi de 9,1%, mas o impacto foi maior, já que o combustível representa quase metade da inflação do carro.