Agricultura

Canaviais sofrem com incêndios criminosos e prejuízos de até 1 mi

Foto: Diego Santana/ VC no G1
Foto: Diego Santana/ VC no G1

Nos últimos meses, o setor sucroenergético tem sofrido com vários episódios de incêndios acidentais ou criminosos. No último 23 de junho, o fogo atingiu um canavial de Itumbiara, em Goiás e causou um prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) relatou que o fato foi provocado por um homem alcoolizado, que colocou fogo no mato seco às margens da BR-153, onde fica localizada a propriedade, e em seguida o suspeito foi preso.

Outro incêndio que causou estragos nos canaviais aconteceu no Rio de Janeiro. Na ocasião, as chamas consumiram uma plantação de cana-de-açúcar da Coagro – Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro, equivalente a 50 campos de futebol no dia 18 de junho, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Dessa vez, a caça ilegal é quem motivou o crime, já que segundo a Polícia Militar, a área foi incendiada por 20 homens que tentavam capturar preás, animais que seriam abatidos para terem a carne comercializada ou consumida.

A direção da usina informou que o terreno queimado é de um dos cooperados e o prejuízo estimado foi de R$ 300 mil.

Já no interior paulista, uma ação coordenada pela equipe de fiscalização da Alcoeste, Polícia Ambiental e até da população, resultou na detenção de um homem no dia 4 de junho, acusado de atear fogo em diversos pontos em áreas de plantio de cana. “Recebemos várias ligações da população, comunicando a ocorrência de incêndios, em áreas que não havia operação agrícola naquele dia e começamos a desconfiar que pudesse ter a origem criminosa”, conta Nevaildo Cavalcanti, gerente da Alcoeste.

Desde o início de fevereiro deste ano, vários incêndios foram registrados em canaviais a beira das estradas na região de Fernandópolis e cidades vizinhas, o que chamou a atenção não só da brigada de incêndio do Corpo de Bombeiros e da imprensa local, mas também do departamento agrícola da Alcoeste que monitora, durante a safra e a entressafra, todas as operações agrícolas em seus campos de plantio e foi justamente numa dessas patrulhas que um rapaz de 23 anos foi detido.

Segundo informações da Alcoeste, o fogo ateado intencionalmente causou a destruição de 1,294 hectares de vegetação exótica em área comum e 0,022 ha de vegetação dentro da área de preservação permanente.

Em menos de uma semana, dois incêndios foram registrados no canavial de uma mesma usina de Catanduva, SP. Desta vez, segundo responsável, cerca de 29 hectares de cana de açúcar foram atingidos, além de uma área de servidão de energia. O fato ocorreu no dia 13 de junho, e mesmo com o trabalho de controle, as chamas se alastraram e atingiram mais 14,72 hectares de cana no sítio Santa Tereza. Outro episódio foi registrado no dia 18 de junho, em Viradouro, SP, em um canavial próximo a um bairro, causando riscos de morte na comunidade. (Fonte: G1)

Foto: Diego Santana/ VC no G1
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