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Cana injeta R$ 100 milhões na região

Continua subindo o preço da cana-de-açúcar. O último trimestre (outubro a dezembro) do corrente ano de 2004 está se caracterizando como bem melhor para o produtor do nordeste paulista do que os trimestres anteriores.

Ainda sobre a cana. Em 2003 o produtor começou o ano com preço em alta. A partir daí foi caindo, encerrando o ano em dezembro com um piso muito modesto. Neste mesmo patamar iniciou-se 2004. Mas a tendência foi rigorosamente oposta. A cada mês que passava o preço da tonelada de cana, tanto no campo como na esteira, subia. Essa tendência foi mantida, esperando-se um auge no corrente mês de dezembro. Começou em baixa, 2004, encerrando-se em alta. O contrário de 2003, que começou em alta e terminou em baixa.

Com esta realidade, espera-se mais R$ 100 milhões circulando no nordeste paulista, grana proveniente do preço mais remunerador da cana. Este número vem ajudar um pouco a melhorar o âmbito da economia regional no que toca ao final do ano (principalmente dezembro), mas haverá reflexos também em janeiro de 2005. Enquanto o crescimento da taxa de juros induz o analista a pensar em desaceleração, a renda a mais vinda do campo pode permitir conclusão mais otimista. Ficam os dois componentes do cenário regional a instigar nossa imaginação. Mais dinheiro circulando em Barrinha, Pradópolis, Serrana, Pontal e Dumont. Isto para ficarmos apenas em alguns municípios. Mas dinheiro significa mais vendas no varejo?

Quem foi à ultima feira Escolar, realizada em setembro na cidade de São Paulo, percebeu, além dos tradicionais lançamentos de artigos escolares, o crescimento da quantidade de expositores e fornecedores de artigos de informática. O mix do evento vem- se modificando para atender à demanda do setor. Mercadorias como cartuchos e toner, que antes eram encontrados apenas em lojas especializadas, agora estão presentes nas prateleiras das papelarias e gôndolas dos supermercados.

Não se acredita que os dados de dezembro – que nós ainda não temos – venham a mudar muito a panorama acima descrito. De qualquer forma, o mercado imobiliário não acompanhou em 2004 a reação geral da economia mundial.