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Etanol ganha espaço nos EUA com decisão da Suprema Corte; Unica defende pleito

Gas pumps at an Exxon Mobil gas station are shown Sunday, Oct. 30, 2005 in Stamford, Conn. Crude prices fell Monday, Oct. 31, 2005 as the Organization of Petroleum Exporting Countries said it has “more than adequate” spare capacity to cover expected global demand this winter. Exxon Mobil Corp. reported last week that its third-quarter […]
Gas pumps at an Exxon Mobil gas station are shown Sunday, Oct. 30, 2005 in Stamford, Conn. Crude prices fell Monday, Oct. 31, 2005 as the Organization of Petroleum Exporting Countries said it has “more than adequate” spare capacity to cover expected global demand this winter. Exxon Mobil Corp. reported last week that its third-quarter […]

2004-03-19 Canavial Varzea Usina Sao Joao PB (3)

A Unica elogiou a decisão da Suprema Corte americana, no dia 30 de junho, em não rever o padrão de combustíveis com baixa emissão de carbono (Low Carbon Fuel Standard – LCFS), adotado pelo Estado da Califórnia pois o padrão LCFS é uma poderosa ferramenta na redução das emissões, além de retardar o aquecimento global.  Segundo Elizabeth Farina, presidente da entidade,  a Califórnia é pioneira na busca por políticas favoráveis a energias limpas. “A preocupação em reduzir as emissões de carbono e o reconhecimento dos benefícios do etanol de cana-de-açúcar deve promover nos próximos anos maior volume de importação do biocombustível brasileiro. Em contrapartida, é lamentável que no Brasil ainda faltem políticas de incentivo ao etanol”, afirma.

O LCFS obriga que as empresas que comercializam combustíveis para transporte na Califórnia reduzam a intensidade de carbono em 10% até 2020, o que vinha sendo contestado por refinarias americanas e pela indústria do etanol de milho daquele país. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), desde 2009, defendia o LCFS, pois se trata de uma política que reconhece o papel fundamental da energia da cana.

leticia phlips

Letícia Phillips, representante da Unica para a América do Norte, explica que a entidade aclamou a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de manter o LCFS intacto, assegurando políticas que encorajam um combustível limpo para os meios de transporte no futuro. “É também uma vitória para o etanol brasileiro, disponível em larga escala no mundo e reconhecido pelo governo americano como um biocombustível avançado por suas vantagens na área ambiental”, completa .

Destaque

No início do ano, o etanol de cana ganhou destaque na apresentação de propostas divulgadas pelo Governo da Califórnia, elaboradas para revisar e reforçar o padrão de combustíveis de baixo carbono adotado pelo Estado.

As propostas, divulgadas pelo California Air Resources Board (CARB), departamento que define parâmetros para o uso de combustíveis de baixo carbono no maior Estado americano, destacam o papel dos biocombustíveis na redução de emissões de gases que causam o efeito estufa e levam às mudanças climáticas. A redução no uso de petróleo proporcionada pelo combustível renovável também é citada.

Quando a indústria petroleira e a do etanol de milho foram à justiça para suspender o LCFS, a Unica saiu em sua defesa e entrou com diversas ações efetivas nas cortes americanas. Com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a entidade chegou a intervir nos processos dos tribunais federais americanos. Essa foi, talvez, a primeira vez que uma organização como a Unica no Brasil fez isso nos Estados Unidos.

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