Usinas

Clima e crise afetam produção na região nordestina

Na região nordestina, a produção ficará em torno de 52 milhões, abaixo da produção normal
Na região nordestina, a produção ficará em torno de 52 milhões, abaixo da produção normal

Renato Anselmi, de Campinas, SP

Na região nordestina, a produção ficará em torno de 52 milhões, abaixo da produção normal
Em Pernambuco, a produção das unidades sucroenergéticas na safra 2013/14 ficou em 14,4 milhões de toneladas

As condições climáticas, o mercado e a crise no setor estão impactando nos resultados da atividade sucroenergética no Nordeste. Além de sentir os efeitos da falta de uma política pública, o que afeta a cadeia produtiva em todo o país, a região nordestina convive com adversidades climáticas e topográficas específicas.

Com a operação de 22 usinas das 24 existentes, Alagoas, por exemplo, teve na safra 2013/14 uma produção de 21,9 milhões de toneladas de cana, uma queda de 7,6% em comparação aos 23,7 milhões processados no ciclo 2012/13. Dez usinas tiveram aumento no total de cana beneficiado e doze registraram redução, segundo informações do Sindaçúcar/AL – Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas.

A safra alagoana foi predominantemente açucareira: 18,9 milhões de toneladas de cana foram destinadas para a fabricação de açúcar e apenas três milhões para etanol. Mesmo assim, o total de açúcar produzido, de 1,7 milhão de toneladas, foi 21,6% menor em relação ao ciclo passado que teve uma produção de 2,2 milhões de toneladas.

Em Pernambuco, a produção das unidades sucroenergéticas na safra 2013/14 ficou em 14,4 milhões de toneladas de cana conforme dados repassados pelas usinas, informa Alexandre Andrade Lima, presidente da Unida – União Nordestina dos Produtores de Cana-de-Açúcar. No ciclo 2012/13, o estado registrou uma produção de 13,1 milhões.

“Houve uma pequena recuperação em decorrência do aumento das chuvas. Mas, o estado não teve ainda uma safra normal. Historicamente, a moagem de Pernambuco é de 17 milhões”, comenta.

Na região nordestina, a produção ficará em torno de 52 milhões, abaixo da produção normal no Nordeste que é de 60 milhões de toneladas de cana, observa Alexandre Lima. “Estamos sofrendo reflexos da seca dos anos de 2012 e 2013. Houve muita mortalidade da socaria”, constata.

A reportagem completa você acompanha na edição 246 do JornalCana.