A Coalizão Pró-Etanol adiou para o dia 12 de novembro a primeira reunião dos 19 governadores dos Estados sucroalcooleiros que aderiram à articulação, lançada no mês passado em Curitiba (PR), com o objetivo de expandir a atividade, gerar emprego e renda e viabilizar negócios externos para o álcool. Os governadores deveriam se reunir na última sexta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
O encontro serviria para os governadores analisarem recente encontro dos secretários da Agricultura dos Estados sucroalcooleiros, para então ser elaborado um documento propondo medidas do Governo Federal visando incentivar o mercado externo para o álcool. Um dos pontos que seria definido é a abertura do mercado de etanol dentro da Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Ampliar a produção canavieira, criar mais empregos e buscar novos mercados para o álcool. São esses os objetivos básicos que levaram à criação da Coalizão de Governadores Pró-Etanol. Para o presidente da Unica (União da Agroindústria Canavieira de São Paulo), Eduardo Pereira de Carvalho, a articulação “pode ser uma alavanca importante para desenvolver o mercado, e não queremos subsídios, preços garantidos, privilégios, mas sim oferecer à Nação um enorme potencial de desenvolvimento, pois o Brasil precisa que sejamos capazes de gerar empregos e tirá-lo da situação em que está”.
Só no Paraná, onde a Coalizão foi lançada, o setor quer ampliar as áreas com cana dos atuais 330 mil hectares para 470 mil nas próximas safras, gerando mais empregos e receita. A previsão da Alcopar (Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná) é de ocupar áreas com terrenos que não sejam adequados para outras culturas e gerar novos 35 mil empregos. “O governo não gasta nada com isso. A iniciativa privada faz tudo. É só o governo abrir a porta lá fora”, argumenta José Adriano da Silva Dias, superintendente da Alcopar.