Gestão Administrativa

Queda no consumo desestimula etanol de milho

Queda no consumo desestimula  etanol de milho

O aumento da produção de etanol de milho é bom para produtores, indústrias, governo e até assessorias de
projetos. O programa, no entanto, caminha muito lentamente. As indústrias flex de Mato Grosso – processam cana
durante a safra e milho durante a entressafra – moeram perto de 300 mil toneladas de grãos neste ano. Nos próximos dois anos, todas as usinas do Estado deverão estar produzindo etanol tanto de cana-de-açúcar como de cereais, na avaliação de Glauber Silveira, diretor da Aprosoja e coordenador da comissão de milho de etanol, que estuda a viabilidade de produção e a busca de políticas públicas para o desenvolvimento desse setor. Silveira diz que a utilização do etanol poderia ser bem maior no Estado. Atualmente, está restrita a apenas 23% de participação na utilização de combustíveis. Para o coordenador dessa comissão, o fato de o
mercado de combustíveis ser muito fechado prejudica a evolução do setor. Ele reconhece que o preço controlado da gasolina impõe limites à produção, mas considera que a comercialização deveria ser mais livre entre usinas e pontos de abastecimento.
Ganhariam as usinas, que teriam remuneração melhor, e os consumidores, que pagariam menos pelo produto, incentivando o crescimento do mercado. Esse consumo reduzido diminui o interesse de novas usinas no setor, principalmente as independentes – as
que não estão associadas às usinas de cana-de-açúcar.

(Fonte: Folha de S.Paulo)