A Tereos Internacional, empresa que controla a sucroalcooleira Guarani, informou que teve no quarto trimestre da safra 2013/14, período de três meses encerrado em 31 de março deste ano, um prejuízo líquido de R$ 8 milhões, ante perdas de R$ 7 milhões registradas em igual trimestre do exercício anterior. No acumulado da safra, o resultado líquido foi positivo em R$ 33 milhões, ante lucro de R$ 4 milhões registrados no ciclo 2012/13.
A companhia, que tem processamento de cereais no Brasil e na Europa, além de produção de açúcar na África, teve uma receita líquida de R$ 2,209 bilhões no último trimestre de 2013/14, 10,3% acima de igual intervalo de 2012/13. No acumulado do exercício, a receita líquida cresceu 12,7%, a R$ 8,339 bilhões. Em comunicado feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explicou que a receita maior se deveu ao aumento no volume vendido da maioria dos segmentos, além do aumento nos preços de etanol no Brasil. Houve ainda o efeito positivo cambial da desvalorização do real em relação ao euro. “Contudo, o aumento da receita foi parcialmente compensado por preços menores de açúcar e uma redução nos preços de amido e adoçantes, em linha com a queda nos preços dos cereais e fraca demanda na União Europeia”, explicou a companhia em comunicado.
Ebitda ajustado ao valor justo dos ativos biológicos (canavial) da Tereos cresceu 32%, a R$ 131 milhões no quarto trimestre. Segundo a empresa, o resultado operacional reflete maior volume de vendas nas operações de cana-de-açúcar no Brasil, além da maior participação da divisão de álcool e etanol na Europa. O segmento de amidos e adoçantes apresentou, segundo a empresa, uma “leve melhora”. No acumulado da safra, o Ebitda ajustado foi de R$ 961,8 milhões, 22% acima dos R$ 786,4 milhões obtidos em 2012/13.
A dívida líquida da Tereos em 31 de março de 2014 era de R$ 3,6 bilhões, comparados a R$ 3,3 bilhões em 31 de março de 2013 e R$ 4,5 bilhões em 31 de dezembro de 2013. O aumento na comparação anual deve-se, segundo a empresa, à variação cambial no período (desvalorização da real em relação ao dólar e ao euro) e do programa atual de investimentos, tanto na divisão de cana-de-açúcar no Brasil, quando na de processamento de amido de milho Syral-Halotek, também no Brasil.
(Valor Econômico)