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Novo empréstimo para o setor elétrico pode chegar a R$ 8 bi

Novo empréstimo para o setor elétrico pode chegar a R$ 8 bi

2009-07-14 Subestacçao Energia Eletrica  Cerradinho Potirendaba Bioeletricidade

O governo estima que seja necessário viabilizar um novo empréstimo de R$ 8 bilhões para o setor elétrico.

Segundo a Folha apurou com a equipe econômica do governo, o Ministério de Minas e Energia e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está realizando estudos para refinar esse valor.

A intenção é, desta vez, calibrar o empréstimo na medida exata da necessidade das distribuidoras de energia, que estão tendo de assumir, desde o início do ano, contas bilionárias para compra de energia e uso de usinas térmicas, mais caras.

A preocupação do governo é se aproximar ao máximo da necessidade dessas empresas, para evitar um novo pedido de financiamento.

O primeiro empréstimo oferecido ao setor e viabilizado por intermédio da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) foi de R$ 11,2 bilhões e cobriu os gastos de fevereiro, março e abril.

A conta de janeiro já havia sido quitada pelo Tesouro, com R$ 1,2 bilhão.

O valor dos empréstimos será repassado às tarifas de energia já no ano que vem e, a partir de então, as empresas pagarão aos bancos.

Os gastos apurados entre maio e dezembro ainda estão descobertos, uma vez que as distribuidoras dizem não ter dinheiro em caixa.

De qualquer maneira, esses gastos tendem a ser menores, uma vez que o leilão para compra de energia promovido em abril conseguiu suprir parte da necessidade dessas empresas.

Como a Folha revelou, no entanto, parte das empresas preferiu não comprar energia no leilão, o que exigiria um desembolso imediato, enquanto, no caso do empréstimo, o pagamento só começa em 2016, quando as empresas já terão subido tarifas.

Técnicos do governo ouvidos pela reportagem dizem também que discute-se a possibilidade de antecipar para este ano o modelo de bandeiras tarifárias –que ajusta mensalmente as tarifas pagas pelos consumidores de acordo com o uso de térmicas.

A medida, porém, é impopular, e sua aplicação em ano eleitoral é criticada.

(Fonte: Folha de S. Paulo)