As vendas encolhem 13,8% na quarta semana de outubro frente às três primeiras semanas. As exportações brasileiras da quarta semana de outubro aumentaram 34,9% em comparação com outubro de 2003, mas encolheram 13,8% em relação às três primeiras semanas deste mês. A redução indica que as vendas de produtos brasileiros ao mercado externo iniciaram uma trajetória de declínio que tende a se acentuar nas últimas semanas do ano. Por outro lado, os números das importações refletem maior dinamismo do setor produtivo interno. O total das importações no acumulado do ano atingiu US$ 49,45 bilhões, montante que supera o total importado em 2003.
Os dados da balança comercial constam no boletim parcial divulgado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Na quarta semana de outubro a balança registrou superávit de US$ 650 milhões. No período, as exportações somaram US$ 2 bilhões ante importações de US$ 1,35 bilhão. No acumulado do ano, o saldo comercial atingiu US$ 27,48 bilhões, 37,7% acima do superávit acumulado em igual período de 2003. As exportações já somam US$ 76,93 bilhões, e as importações US$ 49,46 bilhões.
A média das exportações da quarta semana ficou em US$ 401 milhões, 13,8% inferior que a média de US$ 465 milhões registrada em outubro até a terceira semana. Nessa base de comparação, a Secex apontou queda de 22,7% nas vendas de produtos manufaturados e de 4,8% para produtos básicos.
No entanto, em relação a outubro de 2003 as exportações cresceram 34,9% devido à ampliação das vendas em todas as categorias de produtos. As exportações de manufaturados foram ampliadas em 48% (receitas diárias passaram de US$ 174,5 milhões para US$ 258,3 milhões) com destaque para embarcações, automóveis, material de transporte, calçados, transmissores e receptadores, calçados, aviões, açúcar refinado, bombas e compressores e móveis.
Os embarques de semimanufaturados cresceram 26,7% (receitas diárias passaram de US$ 46 milhões para US$ 58,3 milhões) com destaque para ferro e aço, açúcar em bruto, celulose, couros e peles, ferro fundido, alumínio em bruto e ferro-ligas. As vendas de básicos foram elevadas em 15,5% (receitas diárias passara de US$ 103,8 milhões para US$ 119,9 milhões) por conta de maiores negócios com farelo de soja, carnes, petróleo em bruto, café, fumo e algodão.
Em relação a setembro, houve alta de 4,4% nas exportações devido à boa performance dos manufaturados. O aumento não foi maior porque os embarques de produtos básicos e semimanufaturados recuaram 5,1% e 4,8%, respectivamente.
Se a tendência é de declínio das exportações em relação ao dinamismo observado nos nove primeiros meses do ano, no lado das importações as apostas são de alta. Os números parciais da Secex mostram uma crescente ampliação das aquisições de matérias-primas e bens de capital no exterior destinadas às empresas do mercado interno.
A média de US$ 286,6 milhões das importações na quarta semana deste mês ficou 31% acima da média verificada em igual período do ano passado. Sob essa base de comparação foram ampliadas as compras de adubos e fertilizantes, combustíveis e lubrificantes, plásticos, produtos químicos, produtos siderúrgicos, equipamentos eletroeletrônicos e instrumentos de ótica e precisão. Em relação a setembro, registrou-se aumento de 4,7%.