Cláudio Leal, um dos inventores do novo asfalto e o professor do IFF, revela que a técnica reduz o custo do material, além de aproveitar o bagaço de cana-de-açúcar antes descartado. “O bagaço é um recurso renovável e seu preparo exige apenas que ele seja seco e passado em uma peneira”, diz.
A BR-356, que liga as cidades de Campos e São João da Barra, é a primeira a receber o produto, em um trecho experimental de cerca de 200 metros e começará a ser reformado nos próximos meses. Além da utilização do bagaço de cana-de-açúcar, o trecho terá outro recurso para reduzir o impacto ambiental: a reciclagem de pneus. A borracha será reutilizada no ligante asfáltico.
A função do componente na receita é impedir que o cimento asfáltico escorra durante o processo de mistura e aplicação. Por sua maior durabilidade e resistência, o asfalto SMA é recomendado para rodovias de tráfego intenso. No País, a primeira aplicação ocorreu nas pistas do autódromo de Interlagos.
Além do professor Cláudio Leal, participaram do projeto Bagaço de cana-de-açúcar como aditivo em misturas asfálticas do tipo SMA a professora Regina Paes de Aquino e o engenheiro Protásio Ferreira e Castro, da UFF. A pesquisa contou ainda com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). (Fonte: IFF)