Na região de Ribeirão Preto, em São Paulo, o atraso na colheita da cana prejudica o trabalho das usinas. A moagem está mais lenta e se vier chuva, a situação pode piorar.
Uma usina em Sertãozinho, nordeste de São Paulo, faz parte de um grupo que colhe 30 mil toneladas de cana por dia. A produção de açúcar e etanol começou mais tarde do que de costume este ano. As máquinas foram para o campo há pouco mais de 20 dias porque a seca adiou o planejamento da empresa.
Na região Centro-Sul do país, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) previa que 256 usinas começariam a colheita até o fim de abril, mas a seca dos três primeiros meses do ano nas principais regiões produtoras obrigou 41 unidades a adiar o início das operações.
Agora, a colheita na região deve se estender por mais tempo e só deve terminar em dezembro.
Do início da safra até agora, a moagem acumulada atingiu 40,30 milhões de toneladas, queda de 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. Outro fator que provocou atrasos foi a demora de algumas metalúrgicas para terminar a manutenção nos equipamentos durante a entressafra.
A produtividade acumulada também é menor até agora.
Neste momento, a estiagem é um ponto positivo para recuperar o tempo perdido do início da colheita. Com a terra seca, as máquinas conseguem entrar no canavial, mas se chover, o trabalho será prejudicado e as usinas terão uma quantidade menor de cana para moer. Esta previsão é esperada para o segundo semestre.
A projeção indica que a colheita da safra 2014/2015 vai somar 580 milhões de toneladas, queda de 2,84% na comparação com o ano passado. Se as chuvas atrapalharem a produção no segundo semestre, a quebra pode ser ainda maior.
(Fonte: Globo Rural)