A Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) criticou a falta de ´propostas concretas para melhorar as condições de acesso ao crédito e ao seguro rural´ no Plano Safra 2014/15, anunciado na segunda-feira, 19. ´O seguro rural foi modestamente abordado por meio da manutenção do orçamento da subvenção em R$ 700 milhões, embora esteja previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014 apenas R$ 400 milhões´, diz a entidade em nota, acrescentando que será necessário aprovar recursos suplementares junto ao Congresso Nacional.
Além disso, destacou que ´o setor canavieiro, ao invés de medidas de apoio, teve uma elevação do custo financeiro dos investimentos´ e que houve alteração do mecanismo de fixação da taxa de juros do Programa de Apoio a Renovação e Implantação de novos Canaviais (ProRenova), que poderá passar de 5,5% em 2013 para 7,7% em 2014. ´Não houve sinalização de medidas setoriais sólidas para o café, laranja e cana-de-açúcar´, enfatizou a Faesp.
As considerações foram reunidas em documento que será entregue nesta noite pelo presidente da Faesp, Fábio Meirelles, ao ministro da Agricultura, Neri Geller, que participa de reunião na Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo. A elevação da taxa de juros, de 5,5% para 6,5%, no Plano Safra para o ciclo que começa em 1º de julho também foi criticada pela federação paulista. ´Em que pese à expansão dos recursos para o financiamento da agropecuária anunciado no PAP 2014-15, em cerca de R$ 20 bilhões, o custo financeiro das operações de empréstimo aumentou.´
Entre os pontos positivos do novo plano, a entidade citou os investimentos destinados aos programas de inovação e irrigação, o aumento dos recursos e ajuste nas normas de financiamento do Inovagro, a possibilidade de pecuaristas financiarem a retenção de matrizes e a aquisição de animais para engorda em regime de confinamento e o aumento de 10% dos limites de financiamento por produtor. A retomada do Moderfrota, que voltará a financiar a aquisição de máquinas novas e juros reduzidos de 5,5% para 4,5%, foi aprovada.
Fonte: Agência Estado