Antonio Alvarenga, presidente da SNA – Sociedade Nacional de Agricultura, disse que o Plano Safra 2014/15, lançado pelo governo nesta segunda-feira, 19 de maio, atende as expectativas do setor agrícola em termos de volume de recursos, mas crítica o tratamento em relação ao seguro rural. “É incompreensível essa falta de disposição do governo de apoiar o seguro, que ainda é muito incipiente. Precisamos muito desse instrumento para dar tranquilidade aos produtores, que correm riscos climáticos, de doenças e pragas”, disse.
Como exemplo, ele cita um modelo de gestão que tem apresentado resultados positivos. “Recentemente houve um grande problema climático nos Estados Unidos e os produtores não foram prejudicados porque lá existe um seguro agrícola eficiente que garante a renda aos produtores em caso de eventos imprevistos. Dessa forma, os produtores podem investir com maior segurança”.
O plano terá 156,1 bilhões de reais em créditos para o agronegócio brasileiro, visando garantir apoio estratégico aos médios produtores, à inovação tecnológica, ao fortalecimento do setor de florestas comerciais e à pecuária de corte. Além disso, implementa ajustes no seguro rural e aumenta em R$ 20 bilhões o crédito para a agricultura empresarial.
Dos recursos disponibilizados, R$ 132,6 bilhões são com juros inferiores aos encontrados no mercado, um crescimento de 14,7% em relação aos R$ 115,6 bilhões previstos na temporada anterior. Contudo, a taxa média de juros do programa subiu 1%, chegando a 6,5% ao ano.