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Biodiesel não compromete eficiência do motor

Pesquisas realizadas com motores de ciclo diesel demonstraram que misturas até 5% de biodiesel funcionam praticamente como um aditivo ao combustível mineral e não comprometem a eficiência e a durabilidade do motor. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reconheceu o resultado das pesquisas e informou que manterá a garantia para os motores abastecidos com a mistura, que começará em 2%, com a perspectiva de chegar a 5% em 2010.

O Brasil demorou para adotar o biodiesel, mas o caminho para a utilização e até mesmo para a exportação deste combustível continua aberto. Nos Estados Unidos e em vários países europeus já estão sendo testadas e utilizadas misturas de até 30% de biodiesel ao diesel.

A Alemanha mostrou interesse de importar o combustível brasileiro e Áustria, por exemplo, mantém um grande programa de coleta de óleo residual (já utilizado em frituras) para a produção de biodiesel.

Nesses países, o diesel com mistura de até 5% é considerado combustível aditivado, e seu uso não exige qualquer modificação no motor. Acima dessa proporção, é preciso substituir as borrachas do sistema de abastecimento e adequar alguns componentes do motor.

Além da definição do modelo tributário para o novo combustível, o programa aguarda a divulgação do marco regulatório do biodiesel para que ele seja uma realidade no Brasil.

O documento, que deve ser concluído no final de novembro, estabelecerá os requisitos técnicos e os parâmetros de controle de qualidade do biodiesel produzido no país.