O governador Aécio Neves (PSDB) anunciou hoje, no Palácio da Liberdade, investimentos de cinco grupos empresariais paulistas, de R$ 480 milhões, em três municípios do Triângulo Mineiro. Entre estes estão Frutal, Fronteira e Itapagipe passarão a contar com duas usinas de açúcar e álcool, uma fábrica de cerveja, um empreendimento de avilcultura e um complexo eco-esportivo e turístico. Em Frutal, o grupo sucoralcooleiro Aralco já iniciou a instalação de uma indústria para produção de cerveja e água mineral. A fábrica irá produzir na primeira fase 350 mil hectolitros de cerveja, chegando a atingir 1 milhão de hectolitros após 2 anos. O investimento total estimado é de R$ 76 milhões. A conclusão da implantação está prevista para outubro de 2006.
O Grupo Aralco assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado para que o empreendimento possa contar com financiamento do Fundo de Incentivo à Industrialização (Find), por meio dos programas Proim e Pró-Indústria, geridos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico. O mesmo município receberá também uma usina de açúcar e álcool dos grupos Vale do Rosário e Moema, com investimentos de R$ 127 milhões. O projeto está em fase final de definição de localização e o início das atividades está previsto para a safra de 2007.
Outro projeto deverá ser implementado em Itapagipe, onde o grupo Moema irá instalar uma outra usina, com aporte previsto de R$ 127 milhões. As operações deste empreendimento deverão ser iniciadas em 2006, para a moagem de 700 mil toneladas de cana.. A produção de açúcar deverá atingir 55 mil toneladas e 26,5 mil metros cúbicos de álcool. Na safra de 2010, esta unidade espera chegar à moagem de 1,5 milhão de toneladas de cana, para produção de 115 mil toneladas de açúcar e 56,5 mil metros cúbicos de álcool.
O grupo Hygen, que atua no ramo de avicultura e representante exclusivo da linhagem holandesa Hybro no Brasil, vai investir também em Itapagipe, na instalação de uma granja e uma incubadora de matrizes. Esse empreendimento terá investimentos de R$ 90 milhões, previsto para entrar em operação em 2005, sendo que 90% da produção será destinada à exportação.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas, Wilson Brumer, não foram oferecidos outros incentivos fiscais, além dos programas que já existem no Estado. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) possui linhas de financiamentos para estes setores. “Para aqueles projetos que são voltados para mercado interno, o programa Pró-Iindústria, Fundiest. Nada excepcional do que já vem sendo feito”, afirmou ele.