De acordo com informações da Siamig – Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, o modelo de gestão no mercado de combustíveis brasileiro está alterando a preferência do consumidor. Os mineiros são o terceiro maior produtor de etanol do país, contudo, está em sétimo lugar no consumo, perdendo inclusive para o Rio de Janeiro, que conta com baixa produção.
Mário Campos, presidente da entidade, diz que a região possui a segunda maior frota de veículos do país. Em 2009, para cada 100 litros de gasolina comercializados, 40 litros eram vendidos de hidratado. Já no ano passado, para os mesmos 100 litros de gasolina vendidos, apenas 15 litros de hidratado foram comercializados.
O grande problema é que a Petrobras mantém o preço da gasolina praticamente congelado desde 2006 e vende o produto no mercado com uma defasagem de preço de até R$ 0,25 a menos do que o valor pago na sua importação. De 2006 a 2014, o preço da gasolina aumentou apenas 16%, enquanto o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo foi de 54%. “Para competir no mercado, o etanol hidratado está sendo vendido abaixo do custo de produção, mas isso só agrava o balanço financeiro das usinas”, afirma Campos.