Nesta quarta-feira, 7 de maio, a Siamig – Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais divulgou sua estimativa para a safra 2014/15 de cana-de-açúcar. A região deve ter uma queda de 3% na moagem em relação ao último ciclo, totalizando 59,5 milhões de toneladas. A grave crise financeira e a drástica seca durante a entressafra estão entre os fatores de maior impacto.
A produção de açúcar estimada é de 3,5 milhões de toneladas, 3% acima do fabricado último ano. Já a produção total de etanol deve ser de 2,5 bilhões, valor 6% menor que a produção passada.
De acordo com Mário Campos, presidente da Siamig, essa é a primeira vez que os mineiros produzirão mais etanol anidro, chegando a 1,279 bilhões de litros. Já a produção de hidratado está prevista em 1,252 bilhões de litros.
O fato se dá pela falta de competitividade do etanol hidratado em relação a gasolina, fazendo com que os produtores apostem no etanol anidro, misturado em 25% à gasolina. ”Estamos lutando também para que a mistura aumente de 25% para 27,5%, sem qualquer comprometimento para o veículo”, afirma.
Das 40 usinas mineiras, 26 já iniciaram a safra, com previsão de crescimento na área de corte de 7,6%. Já a produtividade será reduzida significativamente, em função da seca, de 79 toneladas de cana/ha na safra 2013/14 para 70 tc/ha nesta safra.
Mário Campos lembra que as usinas mineiras têm sofrido com a crise e seis já fecharam as portas, fazendo com que o número de desempregados seja em torno de 5 mil trabalhadores. Ao menos três outras unidades se encontram em grandes dificuldades. “Se não forem tomadas medidas de incentivo à produção, mais usinas fecharão as portas”, afirma.