O preço do petróleo fechou ontem em forte alta no mercado internacional, após uma redução de 9,1 milhões de barris nas reservas armazenadas nos Estados Unidos por causa do furacão Ivan. Na Bolsa de Mercadorias de Nova York, a cotação do óleo tipo WTI para entrega em novembro fechou a US$ 48,35, uma alta de 3,4%.
Na Bolsa Internacional de Petróleo de Londres, os contratos do óleo tipo Brent, também para entrega em novembro, fecharam a US$ 44,93, um aumento de 3,5%.
As compras de contratos se aceleraram após a divulgação dos últimos números sobre reservas armazenadas na semana passada, que foram mais desfavoráveis do que os analistas esperavam.
As reservas de petróleo diminuíram 9,1 milhões de barris e ficaram em um total de 269,5 milhões, um nível inferior em 4,9% ao de um ano atrás, segundo cálculos da Agência de Informação de Energia (EIA), que é a divisão analítica do Departamento de Energia dos EUA.
As reservas de gasolina diminuíram 2,8 milhões de barris e as de produtos destilados, inclusive o gasóleo de calefação e o diesel, em 1,5 milhão, sendo que dois terços corresponderam ao gasóleo.
A queda nas reservas e na produção das refinarias foi conseqüência, em grande parte, da passagem do furacão Ivan pelo Golfo do México, que interrompeu a produção e impediu a chegada de petroleiros aos terminais de descarga. As condições meteorológicas também afetaram as refinarias e reduziram a produção de gasolina e gasóleo.
A queda nas reservas de petróleo superou as previsões dos especialistas, que esperavam uma redução de entre cinco e sete milhões de barris.
É a oitava vez consecutiva em que o volume de reservas de petróleo cai, e só nas duas últimas semanas avaliadas o retrocesso foi de 16,2 milhões.
A redução constante nas reservas reaviva o temor dos operadores de que a oferta global não seja suficiente para atender a elevada demanda, o que pressiona a alta dos preços.
Alguns analistas voltaram a considerar provável que o barril alcance a barreira psicológica de US$ 50 nas próximas sessões.
Alguns especialistas afirmaram que o prejuízo causado pelo furacão à indústria no sul dos EUA poderia ser maior do que o previsto e é outro fator que influi na alta de preços.
Desde o início da semana passada, perderam-se 9 milhões de barris da produção regular no Golfo do México, de cerca de 1,7 milhão de barris diários.