Um grupo de grandes fornecedores de cana quer uma nova relação comercial com os usineiros. Vão continuar fornecendo cana para as usinas, mas querem industrializar parte do próprio produto para aumentar o valor agregado. Essa moagem seria feita em usinas com capacidade ociosa.
Maior capacidade
O grupo sabe que essa operação não pode ser feita da noite para o dia, mas acredita que as usinas estão aumentando a capacidade de produção, o que vai gerar capacidade ociosa. Esses fornecedores disputariam a capacidade ociosa, vendendo o produto final às próprias usinas ou colocando-o nos mercados interno e externo.
Não no início
Na visão do grupo, a resposta inicial dos usineiros será “não”. Mas se o setor realmente tiver capacidade ociosa nos próximos anos, acabará cedendo porque é melhor do que deixar o parque industrial parado. Para esses fornecedores, a decisão da OMC, a instabilidade política nos países fornecedores de óleo e a competitividade brasileira no setor coloca o açúcar e o álcool brasileiros em evidência ainda maior.
Visão das usinas
Na visão das usinas, o mercado é livre e esses negócios até poderiam ocorrer, mas o setor está estruturado, e a legislação não permite que os fornecedores vendam açúcar e álcool no mercado.