

“Na safra passada, essa diferença chegou, em média, a 13%, mas há regiões em que este percentual é bem superior”.
O tema foi discutido ontem na Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA. Há alguns anos, a formação do preço da cana é definida pelo Consecana, conselho que reúne produtores independentes da matéria-prima e usinas de etanol e açúcar.
“Hoje, o preço da cana equivale a 62% dos custos de produção, quando deveria cobrir pelo menos 75%”, justifica o presidente da Comissão da CNA, Ênio Fernandes. Segundo ele, há ainda o agravante da inadimplência por parte de algumas usinas junto aos fornecedores, comprometendo ainda mais a lavoura.
“As indústrias fabricam o etanol e o açúcar, comercializam a produção, mas não pagam os produtores que fornecem a matéria-prima”, completa.
(Fonte: Fabiana Batista – Valor Econômico)