A China vai acelerar a construção de usinas de energia nuclear para alimentar o crescimento na sétima maior economia mundial, informou ontem uma autoridade da indústria.
A China esboçou planos preliminares de quadruplicar sua capacidade de energia nuclear para 36 mil megawatts (MW) até 2020, disse Zhang Huazhu, presidente da Autoridade de Energia Atômica da China.
“Não é fácil concretizar a meta de 36 mil MW até 2020. Significa que teremos que construir 27 geradores de energia nuclear, cada um com capacidade de mil MW até lá”, afirmou Zhang, também vice-ministro da Comissão de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional.
Com nove geradores nucleares em funcionamento, a China tinha uma capacidade de energia nuclear de 7.010 MW no final de julho, acrescentou ele.
A capacidade atingirá 9.130 MW até o final de 2005 quando a usina Tianwan, na província de Jiangsu, ficar pronta, afirmou Zhang. A meta é que a energia nuclear represente cerca de 4% da produção total da China em 2020, ante apenas 1,7% atualmente.
Escassez de oferta
A China enfrentou problemas de abastecimento de energia durante esse verão – quando a onda de calor chegou a elevar o consumo em 15%. As grandes cidades chinesas, como Pequim e Xangai, foram obrigadas a tomar medidas para enfrentar a escassez energética.
Em Pequim, por exemplo, as autoridades tiveram de desligar aparelhos de ar-condicionado entre as 6 horas da tarde e as 7 da manhã, em vez de deixá-los acesos toda a noite, como era o costume.
Foi também sugerido que os 23 hotéis cinco estrelas que acolherão os participantes dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, começassem a aplicar o espírito de “olimpíadas verdes”, economizando energia, sobretudo no ar condicionado.
Xangai, por sua vez, recomendou que os shoppings e edifícios de escritórios diminuíssem o consumo de luz, do ar-condicionado e das escadas rolantes.