Na última terça-feira, 15 de abril, a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou o edital do leilão para entrega imediata de energia às distribuidoras (A-0), que acontece no próximo dia 30. A meta é reduzir o custo das distribuidoras e conter a alta das tarifas.
Foram definidos pelo MME – Ministério de Minas e Energia dois preços. Para a energia gerada por hidrelétricas, que contempla contratos por quantidade, o preço-teto será de R$ 271 por megawatt-hora (MWh). Já o preço-teto para a energia gerada por térmicas, com contratos por disponibilidade, será de R$ 262 por Mwh. No segundo caso, além do preço-teto, há uma outra limitação. Não poderão participar usinas cujo CVU – custo unitário variável seja superior a R$ 300 por MWh.
“Embora no mercado de curto prazo as usinas vendam energia excedente a R$ 822/MWh, os contratos do leilão têm a vantagem da validade superior a cinco anos”, explica o engenheiro Humberto Vaz Russi, da Aliança Engenheiros.
O certame acontece em uma nova tentativa para resolver o problema das distribuidoras, que não conseguiram contratar a energia necessária na última licitação, realizada em dezembro do ano passado. O preço, de R$ 192 por MWh, foi considerado muito baixo e não atraiu geradores. “Para este novo leilão o preço de R$ 271/MWh foi considerado competitivo pelo setor. Se a energia ficar mais barata nesse período, as usinas continuarão recebendo a receita acordada”, explica Russi.
Por fim, ele diz que os valores não devem trazer impactos positivos ao setor canavieiro. “Obviamente eles se aplicam a quem já tem UTE – Unidade Termoelétrica implantada e possui lotes em MWh em aberto, sem contrato neste momento, o que é pouco provável no atual cenário”.
O prazo de suprimento começa em 1º de maio e termina em 31 de dezembro de 2019.