Mercado

Agricultores aumentam os negócios com CPRs

As operações com Cédula de Produto Rural (CPR) neste ano deverão duplicar e atingir cerca de R$ 3 bilhões, em comparação à movimentação de R$ 1,5 bilhão registrada no ano passado, segundo informa José Carlos Vaz, gerente executivo de agronegócio do Banco do Brasil (BB). A CPR é um título emitido pelo produtor rural de venda antecipada e que representa opção de autofinanciamento para os agricultores.

De acordo com Vaz, desde o lançamento do título até o momento já foram negociados o equivalente a R$ 6,5 bilhões em produtos – como café, boi gordo, soja, algodão, milho, arroz, cana-de-açúcar, suínos, trigo, hortaliças, frutas, aves e ovos, leite, entre outros – e outros, desde quando foi lançado, há dez anos.

A expectativa do gerente executivo do banco é de que nos próximos anos os negócios com CPRs aumentem em média 30% a 35% por safra. “O índice de inadimplência é baixo, o que comprova o sucesso do título”, afirma Vaz.

Juros menores

Com a nova modalidade lançada na última semana, a expectativa é de que as operações com CPR aumentem porque as taxas de juros vão reduzir na média de 2,25% ao mês para algo em torno de 1,5% a 1,7% ao mês, informa Vaz. “Conseguimos ampliar os recursos da poupança rural para a CPR e o banco passará a comprar os títulos o que aumentará a demanda”, diz. Segundo informa José Carlos Vaz, até então o Banco do Brasil apenas concedia o aval na CPR emitida pelo produtor, que se comprometia a vendê-la no mercado. Agora, com recursos livres e da exigibilidade da poupança rural, os produtores terão mais facilidade na obtenção de recursos porque as taxas de juro estão mais competitivas.

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