Mercado

Americanos querem proteção para açúcar

Os Estados Unidos provavelmente designarão o açúcar como produto sensível nas negociações da Rodada de Doha, de modo a manter as tarifas altas para as importações do produto, disse ontem Jim Grueff, vice-administrador assistente para política comercial no Departamento de Agricultara dos EUA, durante a apresentação no Simpósio Internacional de Adoçantes, em Vail, Colorado.

O acordo fechado há 10 dias na Organização Mundial do Comércio (OMC) permitirá que cada país tenha um grupo de produtos sensíveis e que continuarão protegidos.

Os produtores de açúcar dos EUA, que também aplicam cotas de importação, disseram também esperar que o governo obtenha um acordo na OMC para reduzir o que chamam de subsídios indiretos do setor açucareiro do Brasil.

“Para as negociações serem bem-sucedidas, as difundidas políticas indiretas e muitas vezes sem transparência também devem ser abordadas”, disse Don Phillips, consultor comercial para a American Sugar Alliance.

Pedro de Camargo Neto, conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB), disse a este jornal que se o Brasil concedesse subsídios, a União Européia já os teria denunciado. Isso porque o apoio que o bloco dá ao setor foi acionado na OMC e houve vitória para o país. O Brasil é o maior exportador mundial de açúcar.