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Petróleo passa de US$ 43 e bate recorde nos EUA

A preocupação do mercado com a crise na gigante russa do petróleo, a Yukos, fez o preço do produto disparar e alcançar um recorde histórico de US$ 43,05 no mercado futuro de Nova York.

O valor do petróleo cru para entrega em setembro ficou então 60 centavos de dólar acima do recorde anterior, registrado em junho. O mercado futuro de petróleo opera há 21 anos nos Estados Unidos.

Em Londres, o preço do barril do petróleo do tipo Brent também subiu para US$ 39,25, o valor mais alto em 14 anos.

A alta mundial do petróleo foi explicada pela ordem dada por auditores russos para que a Yukos suspenda suas vendas por completo.

A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo, atrás da Arábia Saudita. A Yukos é responsável por 20% das exportações russas.

Pouca capacidade

De acordo com agências de notícias, o ministro da Justiça russo ordenou que a Yukos parasse de realizar qualquer comércio.

A Yukos produz 1,7 milhão de barris de petróleo por dia.

Clique aqui para saber mais sobre a ordem contra a Yukos

A produção de petróleo dos países-membros da Opep já se encontra no seu auge desde 1979 para dar conta da demanda vinda de países como a China e os Estados Unidos.

A organização já decidiu aumentar novamente a sua capacidade de produção em agosto.

O ministro de Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, disse que a Opec (da qual a Venezuela faz parte) tem pouca capacidade para conter a alta do preço do petróleo.

“Uma redução não está prevista, e a produção da maioria dos países se encontra próxima do seu limite.”

A alta de preços aconteceu apesar de os Estados Unidos terem anunciado um aumento nos seus estoques de petróleo.

A agência americana de administração de energia (EIA, na sigla em inglês) disse nesta quarta-feira que os estoques de petróleo do país aumentaram para mais de 300 milhões de barris.

Os Estados Unidos vêm importando um volume recorde de petróleo, cerca de 11,3 milhões de barris por dia.