"É o preço da má gestão na área de energia", afirma Miriam Leitão

Esses R$ 21 bilhões que vão socorrer as distribuidoras de energia virão de vários lugares. Ao todo, R$ 9 bilhões já estavam previstos no orçamento de 2014. O governo disse que serão mais R$ 4 bilhões do Tesouro, que virão de impostos. A gente não sabe quais, mas vai bater no nosso bolso. Os outros R$ 8 bilhões o governo convenceu a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que é um ente privado, a pegar um empréstimo para juntar nesse bolo.

Esse dinheiro será dado para as distribuidoras para elas não quebrarem. Elas estão fornecendo uma energia a um preço mais baixo que pagam, e esse desequilíbrio está fazendo com que elas corram riscos. Todo o pacote foi feito não é para resolver o problema da energia, mas a consequência da redução da energia, que levou ao desequilíbrio.

Essa Câmara, que não tem ativos, vai pegar este empréstimo dando como garantia uma carta da Aneel dizendo que ela tem a garantia que a tarifa, no futuro, vai ser usada para pagar esta conta. E esse empréstimo terá juros, ou seja, essa conta vai crescer mais ainda.