Os cenários extremos de falta de chuvas na região Centro-Sul poderão provocar até 50% de quebra de produtividade e os resultados aparecerão nas canas colhidas no final de safra ou de primavera. A informação é do pesquisador do Centro de Cana do IAC Ribeirão, Maximiliano Scarpari, que fez uma apresentação ontem, dia 11 de março, durante reunião do Grupo Fitotécnico, em Ribeirão Preto, SP.
Ele explica que os meses de janeiro e fevereiro apresentaram esses cenários extremos de déficit hídrico com até 90 mm de falta de chuvas, como é o caso da região de São José do Rio Preto,SP. “Com exceção de regiões como Lençóis Paulista e Barra Bonita, o restante do estado sofreu com a estiagem. Em Ribeirão Preto houve falta de chuva de 70 mm no período”, diz.
Segundo o pesquisador, a quebra de produtividade acontecerá pois no verão é o período em que a cana cresce entre 40 e 50%, e com a seca extrema, o crescimento celular e a fotossíntese foram comprometidas. “Sem esses fatores não há produtividade. Dificilmente será possível recuperar essa produtividade no decorrer da safra”, revela.
Ele alerta para que esse levantamento seja realizado de forma bem localizada nos canaviais, que sofreram com a seca e as chuvas esparsas entre janeiro e fevereiro.
A primeira apresentação do Grupo em 2014, contou com mais de 300 pessoas.