Mercado

Preços do açúcar sobem com demanda aquecida

A maior demanda no mercado físico internacional e a escassez de açúcar refinado deram um impulso ontem nos preços futuros do produto. Os contratos para julho encerraram o dia a 7,11 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, a maior cotação alcançada em duas semanas, e aumento de 3,2% (ou 22 pontos), sobre o pregão anterior.

No mercado físico, as indústrias do Egito compraram cerca de 60 mil toneladas de açúcar para entrega nos meses de junho e julho. A Síria e o Bangladesh também sinalizam forte demanda pelo produto.

Segundo Júlio Maria Martins Borges, da Job Economia e Planejamento, a Índia, que até o ano passado era exportadora, deverá importar o produto neste ano. “Houve problema na safra da Índia. Os produtores registraram quebra na colheita de cana.” Outro fator altista, afirmou Borges, é a escassez de açúcar refinado no mercado. “Os prêmios para esse tipo de açúcar estão altos.”

No curto prazo, os preços do açúcar no mercado internacional podem inverter a tendência baixista, mantendo-se firmes nos próximos dias.

Com a valorização da commodity na bolsa em 12,3% nos últimos 30 dias, muitas usinas brasileiras estão desovando seus estoques no exterior. Mesmo com a recuperação das cotações da saca de açúcar no Centro-Sul do país, as negociações entre usinas e indústrias estão lentas, o que impulsiona os embarques.