Mercado

Qualidade do álcool melhora em todo o país

O Boletim de Qualidade dos combustíveis de março, divulgado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), revela que apesar de ainda conter altas taxas de não conformidades, a qualidade do álcool vem melhorando em todo o país. O índice de não conformidade foi de 5,4% em março, contra 7,5% em fevereiro. Durante o ano de 2003, a taxa foi de 9,6% e em 2002, de 12,6%.

De acordo com o relatório da ANP, o álcool apresenta um índice expressivo de não conformidades que podem ser imputadas a problemas de produção e/ou armazenamento (ph, condutividade e aparência). Entretanto, 56% das não conformidades encontradas em março referem-se a teores alcoólicos fora da especificação, provavelmente por uma adição de água ao combustível em algum ponto da cadeia de revenda. Em março, os maiores problemas foram encontrados no Piauí, Sergipe, Ceará e Maranhão.

Na gasolina e no óleo diesel, a ANP não registrou grandes alterações. São Paulo e Rio de Janeiro são os mercados que mais preocupam hoje a ANP, tanto pelo seu porte como pelos índices de não conformidade encontrados. Na gasolina, o índice de não conformidade foi de 4,9%, contra 4,6% em fevereiro. A destilação e o teor de álcool continuam sendo as duas características responsáveis pela maioria dos problemas. De acordo com a ANP, 41% das não conformidades encontradas em março referem-se à problemas de destilação e 40% à problemas relativos ao teor de álcool anidro. A maioria das gasolinas irregulares foram vendidas abaixo do preço de mercado.

Já no diesel, o índice passou de 2,8% em fevereiro para 3,5% em março. Segundo a ANP, há registros de problemas de armazenamento de combustível (aspecto e cor) e problemas de distribuição (presença de corante vermelho e teor de enxofre) que denotam uma desobediência à lista de municípios que devem comercializar óleo diesel metropolitano. Em março, 34% das amostras foram consideradas não conformes em relação ao aspecto, e 33% em relação à presença de corante.