O preço do álcool está em queda nos postos de Campinas e o consumidor sente a diferença no bolso: o valor médio, que era de R$ 0,88 no final de fevereiro caiu para R$ 0,77 no início do mês e nesta semana pode ser encontrado por até R$ 0,69. Em São Carlos, também houve redução do preço do álcool nas últimas semanas e o litro que era vendido a R$ 0,88 no final de fevereiro caiu para R$ 0,72 na semana passada. Mas essa boa notícia não se repete em Ribeirão Preto, onde o preço do produto subiu 45% nas última semanas, passando de R$ 0,599 para R$ 0,869.
Para o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Campinas e Região, Emílio Martins, a variação de preço é um sinal da desorganização do mercado. Segundo Martins, a sonegação e a adulteração ainda ditam o preço para o consumidor final.
A Associação Brasileira do Comércio Varejista de Combustíveis aponta que a disputa de mercado pelas distribuidoras é a responsável pela variação de preços. Para beneficiar alguns revendedores, as distribuidoras reduzem os preços em uma região e reajustam em outra, ou seja, o custo da guerra de preços é pago pelo consumidor da região onde a disputa não está acirrada.
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O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis disse que cada empresa é livre para decidir sobre o preço do combustível e que não se posiciona sobre o valor praticado.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) informou que a variação de preço é comum no mercado, já que não existe preço fixo e o valor que a distribuidora vende para os postos depende do preço que ela compra. A agência divulga uma pesquisa semanal dos preços dos combustíveis no mercado e, se forem constatados sinais de formação de cartel, por exemplo, será encaminhado para a Secretaria do Direito Econômico, que investiga e toma as providências necessárias.
