
O setor sucroenergético procura profissionais que tenham um conjunto bom e que façam a diferença, ou seja, não basta ter boa formação e boas passagens por organizações importantes e vivências ricas, se o profissional não trouxer consigo na bagagem um amadurecimento pessoal e profissional. A afirmação é de Beatriz Rossi, consultora organizacional e de carreiras. “É preciso ter também um repertório de boa postura, boas atitudes, competências de relacionamento, de convívio, de trabalho em equipe, de negociação e parceria, entre outros.
Segundo ela, isso hoje é fundamental, pois por muitos anos as empresas analisaram suas estatísticas e indicadores com outros olhos e viram, finalmente, que as pessoas chegam pela competência técnica e são desligadas pelas competências comportamentais.”As competências e posturas esperadas do profissional que farão a diferença são: maturidade (repito isso, pois os profissionais chegam imaturos nas empresas, mesmo estando com idade já mais adulta e madura); senso de adequação profissional; ética; imagem bem trabalhada e autoconhecimento estabelecido; educação e elegância no trato; responsável pela sua carreira e por fazer dar certo; disponível e acessível; integrativo e interativo; colaborativo e agregador; bom comunicador; bem humorado; automotivado e entusiasmado; comprometido; prático; pró-ativo; interessado; que adote a postura de dono da empresa; que tenha mobilidade e que seja flexível e adaptável à mudanças. E principalmente, que tenha paixão pelo que faz. Fala-se muito isso hoje, pois pesquisas recentes mostram que em torno de 70 a 73% das pessoas não fazem o que gostam. Isso é um problema enorme para as empresas, pois precisamos de comprometimento e engajamento e sem gostar do que se faz, não há como ter isto”, relata.
De acordo com a especialista, é difícil ter um conjunto completo como esse, “mas não podemos nos acomodar e perseguir o melhor de nós e ter em mente que o que fará a diferença (já faz!) de verdade são os comportamentos e atitudes demonstrados no âmbito profissional”.
Porém adverte que não adianta a empresa, o mercado, o governo, as instituições de classe e outros investirem só na qualificação técnica, que não será o suficiente. “Não adianta chegar na minha empresa diversas pessoas qualificadas recentemente e ao entrarem não encontrarem um ambiente e uma liderança que as faça ter força de vontade e propósito em aplicar o que aprendeu e melhorar a cada dia. O não envolvimento e a falta de estímulo das pessoas no seu trabalho como causa, não qualifica e não retém”, conclui.