Na última semana, dirigentes da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar solicitaram ao MME – Ministério de Minas e Energia um aumento de 25% para 27,5% da mistura de álcool anidro na gasolina. Se concedido, o reajuste passa a valer a partir de 1º de maio. No momento, o governo federal está aguardando uma posição técnica de especialistas da indústria automotiva para decidir se aceita ou não o pedido.
“Será formada uma comissão entre o setor e a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, com acompanhamento do governo através do Inmetro, para poder fazer alguns testes sobre o tema. Depois, será preciso uma alteração na lei e o terceiro passo, será analisar a capacidade de produção do setor. Com estes procedimentos, o governo pode tomar a decisão. Estamos otimistas com relação a análise técnica. Vamos aguardar”, diz André Rocha, presidente do Fórum Nacional Sucroenergético.
Caso seja aceito, o aumento da mistura significará uma demanda adicional de álcool anidro de 1 bilhão de litros por ano, conforme estimativas iniciais. Questionado sobre a capacidade de produção do setor, Rocha explica que questões climáticas serão fundamentais neste momento. “Temos que passar segurança ao governo de que supriremos a demanda. A avaliação de safra só ocorrerá no próximo mês. Precisamos esperar as chuvas de fevereiro e março para estimar como será a safra”, finaliza.