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Projeto de R$ 230 mi da Raízen sai do papel

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Ontem, dia 28 de novembro, foi dado o “pontapé inicial” da construção da primeira planta de etanol celulósico da empresa Raízen no Brasil com capacidade de produção de 40 milhões de litros/ano. A planta será instalada em Piracicaba (SP), ao lado da unidade Costa Pinto. O biocombustível de segunda geração será produzido a partir do bagaço, folhas, cascas e outros resíduos da produção de cana-de-açúcar. A empresa consumirá 300 mil toneladas de biomassa seca por ano.Segundo João Alberto Abreu, diretor de Bioenergia e Tecnologia da Raízen, esse é
um negócio fundamental para o setor devido os desafios enfrentados nos últimos anos. “Quando se aumenta a produção na mesma área plantada se incrementa o negócio com eficiência. Estamos trazendo tecnologia avançada e incrementando nosso negócio, é uma tecnologia robusta e muito testada, por isso pretendemos iniciar a produção em 2014”, reforça.

Segundo a empresa, foram investidos R$ 230 milhões (parte recursos do BNDES) e a previsão para entrada em operação é no final do próximo ano.

João Alberto Abreu, diretor de Bioenergia e Tecnologia da Raízen, explica que a Raízen aposta fortemente no etanol celulósico para elevar a sua produtividade, sem aumentar a área cultivada, aproveitando os resíduos da cana. “Acreditamos que podemos aumentar em 50% a produção de etanol sem a necessidade de grandes investimentos na lavoura”, completa.

A dinamarquesa Novozymes será a fornecedora exclusiva de enzimas desenvolvidas para a produção do etanol de segunda geração na unidade Costa Pinto.

Com o aprendizado adquirido durante os testes em sua planta de demonstração no Canadá, a Raízen acredita que o etanol celulósico é um dos grandes caminhos para atender a demanda crescente por etanol no Brasil e no mundo, segundo a assessoria.

Mas os investimentos não param por aí pois a companhia prevê mais sete plantas de etanol celulósico até 2024, todas próximas às unidades de produção de primeira geração já existentes. A expectativa é que, operando com capacidade máxima, as unidades produzam 1 bilhão de litros de etanol, de acordo com a empresa.