A notícia de um debate na “Sala do Etanol, dentro do Ministério de Minas e Energia, a respeito do uso do chamado E85, uma mistura de 85% de etanol anidro e 15% de correntes intermediárias de gasolina, reafirmou que o setor sucroenergético não é uma prioridade para o governo. Para agravar ainda mais a situação, eventos relacionados ao “shale gas”, que poderia ser uma opção ao etanol, estão cada vez mais em pauta. Em agosto deste ano, o secretário de Energia dos Estados Unidos, que são pioneiros e líderes mundiais na produção do shale gas, visitou o Brasil para promover a exploração de gases não convencionais , devido as reservas descobertas. Para Edmundo Coelho Barbosa, presidente executivo do Sindalcool – Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba e Conselheiro da Coagro – Confederação Nacional da Indústria, o país pode usar a história de sucesso nos Estados Unidos do uso de “Shale Gas”. “Devemos nos preparar para monitorar o desenvolvimento da produção e a disponibilidade do gás de xisto. O impacto maior será na indústria química porque é possível reduzir os custos de muitos intermediários químicos utilizando esse insumo. Hoje essa indústria acumula déficits anuais na balança de pagamentos. A disponibilidade de gás a custos menores irá favorecer a melhoria da competitividade dessa indústria. Na minha visão essa energia poderá favorecer a produção brasileira de etanol para usinas próximas de gasodutos porque o bagaço deve ser visto hoje como matéria-prima nobre para produzir energia”, explicou. Em relação ao uso de E85, mesmo já tendo sido descartado pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, pode ser uma forma do setor sucroenergético “acordar”, diante de tantas dificuldades e encarar todos os problemas que vem enfrentando. “Com relação ao E85, estamos vendo duas situações paradoxais, a primeira é o fato do Ministério de Minas e Energia ter colocado em pauta um assunto sem qualquer fundamento. A segunda é que por incrível que pareça, diante de tantas dificuldades, os produtores de etanol ainda não se deram conta do que pode significar deixar de ter a presença real do etanol nos postos de combustíveis”, finalizou.
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