A Secretaria do Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento divulgou, ontem, o ranking dos maiores exportadores do Brasil. Numa lista com 250 empresas, aparecem quatro de Alagoas. Todas do setor sucroalcooleiro. A maior delas é a Copertranding Comércio Exportação e Importação SA – subsidiária da Cooperativa Regional dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas – que ficou na 99a posição, com faturamento de US$ 122,17 milhões. O ranking é liderado pela Petrobras, com US$ 4,39 bilhões.
As outras empresas alagoanas da lista, por ordem, são a Usina Caeté S/A (121a), com faturamento de US$ 96,7 milhões; Usina Coruripe (176a), faturamento de US$ 65,59 milhões e Laginha Industrial SA (226a), faturamento de US$ 47,12 milhões. Esses três, embora sediados em Alagoas, também atuam em Minas Gerais, onde têm usinas e destilarias em operação.
Recordes
Alagoas fechou 2003 com o segundo maior volume de exportações – US$ 360,9 milhões dos últimos 12 anos. Na série histórica divulgada pela Secex, com dados a partir de 1992, o recorde foi registrado em 1995, quando foram exportados US$ 468,14 milhões.
Considerando essa série, o Estado fechou 2003 com dois recordes: o menor volume de importações (US$ 48,16 milhões), queda de -61,31% em relação ao anterior e o maior saldo da balança comercial (US$ 312,7 milhões), crescimento de 78,95% em comparação com 2002.
Notícias Relacionadas
Roberto Rodrigues é homenageado no MasterCana Brasil 2024
Cerimônia que valoriza a inovação e o protagonismo no setor bioenergético acontece no dia 21 de outubro, em São Paulo
Açúcar e etanol
Combustíveis em queda: preços caem em setembro
Etanol apresenta alta acumulada de 15,5%, contra 8,2% da gasolina
Álcool
O principal produto de exportação de Alagoas mais uma vez foi o açúcar, com quase US$ 270 milhões. O demerara, com volume exportado de 1,342 milhão de toneladas registrou faturamento de US$ 227,24 milhões e crescimento de 20,85% em relação ao ano anterior. A participação no total exportado de Alagoas é de 62,96%. O item “outros açucares de cana” (leia-se refinado ou cristal) ficou 11,42% de participação e faturamento de US$ 41,22 milhões para um volume exportado de 230 mil toneladas. O álcool se firmou na terceira posição, com participação de 10,82%, faturamento de US$ 39,06 milhões e volume de 146 milhões de litros.
Químicos
Com faturamento de US$ 36,95 milhões o dicloretano surge como principal item das exportações alagoanas depois dos derivados da cana-de-açúcar. A participação no volume exportado é de 10,24%. Somado a outro item do setor, o policloreto de vinila (0,47% de participação e faturamento de US$ 1,7 milhão), a indústria química (leia-se Braskem) ajudou a diversificar um pouco a patua alagoana de exportações.
Ainda assim, a hegemonia do setor sucroalcooleiro é grande. Se somado o melaço (participação de 2,1%, faturamento de US$ 7,56 milhões), os derivados da cana responderam por 87,3% de todas as exportações de Alagoas em 2003. Em 2002, a participação foi ligeiramente maior – 88,26%.
