

Governo indiano anunciou dia 15 de outubro em Mumbai, que tem a intenção de aumentar a produção de etanol de cana-de-açúcar para amenizar dívida das usinas do país.
Uma das medidas que o governo pretende tomar é atingir a meta de 5% de mistura de etanol na gasolina, meta esta que foi lançada em 2006 mas nunca colocada em prática. A medida, de acordo com o governo poderia elevar os rendimentos das usinas endividadas.
Sabe-se que a Índia possui um ciclo de excesso e escassez de matéria-prima, portanto a medida seria uma forma de proporcionar uma demanda consistente para a cana-de-açúcar no país.
Segundo dados da ISMA— Indian Sugar Mills Association (Associação de Usinas na Índia) a Índia produz em torno de 23 milhões de toneladas de açúcar por ano. A safra de 2013/14 será a quarta consecutiva que gira em torno dos 25 milhões de toneladas e deverá ultrapassar a demanda de açúcar mundial em pelo menos 2 milhões de toneladas em 2013/14.
O governo consequentemente vê na produção do etanol a partir do melaço, uma oportunidade de evitar que preços globais de açúcar caiam ainda mais devido a esse excesso de oferta, além de ser uma forma de sanar a dívida das usinas indianas com os cofres públicos.
Recentemente agricultores indianos da província de Maharashtra, fizeram manifestações para que o governo da Índia permitisse a produção do etanol diretamente da cana ao invés da produção apenas através do melaço, para terem a possibilidade de lucrar com seus subprodutos e com o excedente de matéria-prima.
Os produtores dizem que o governo não permite a produção de etanol diretamente da cana porque acabam perdendo recolhimento de alguns impostos no processo.