
A queda dos preços nas bombas fizeram com que os consumidores voltassem a abastecer com etanol. De acordo com dados divulgados pela Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, nesta terça-feira, 10/09, as vendas do biocombustível pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil somaram 2,54 bilhões de litros em agosto, crescimento de 0,51% sobre o volume registrado em julho deste ano e aumento de 21,41% em relação ao valor observado no mesmo período de 2012.
Do total vendido em agosto, 369,11 milhões de litros destinaram-se à exportação e 2,17 bilhões de litros ao mercado interno, aumento expressivo de 34,75% comparativamente ao montante verificado no mesmo mês do ano anterior.
No mercado doméstico, as vendas de etanol anidro atingiram 922,77 milhões de litros em agosto, impulsionadas, entre outros fatores, pela maior transferência do produto à região Norte-Nordeste. O volume comercializado de etanol hidratado no mercado interno, por sua vez, alcançou 1,25 bilhão de litros – aumento de 3,37% quando comparado aos 1,21 bilhão de litros vendidos em julho deste ano e forte alta de 20,69% sobre o valor apurado em idêntico período da safra 2012/2013 (1,03 bilhão de litros).
De acordo com o diretor técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, os números são extremamente positivos para o segmento. “Os volumes vendidos pelas unidades produtoras da região Centro-Sul, considerando tanto o total geral como aquele direcionado somente ao mercado interno, ficaram próximos do patamar recorde para um único mês, observados em julho de 2009 e setembro de 2010, respectivamente”. Parte significativa desse desempenho se deve a resposta dos consumidores proprietários de veículos flex, que voltaram a consumir mais etanol hidratado em detrimento à gasolina, acrescentou o executivo.
De acordo com dados apurados pela ANP – Agência do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, na última semana de agosto os preços médios do etanol hidratado aos consumidores nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo permaneceram próximos de 65% relativamente aos preços da gasolina, criando um forte estímulo econômico para o consumo do biocombustível.