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Dedini estuda comercialização de álcool combustível em 2004

A Dedini Indústrias de Base deve lançar comercialmente em 2004 a tecnologia batizada de DHR (Dedini Hidrólise Rápida) que permite a produção de álcool combustível a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. A tecnologia, de acordo com o vice-presidente de Operações da Dedini, José Luiz Olivério, oferecerá ganhos sensíveis de produtividade em comparação ao processo convencional de produção do álcool combustível, realizado a partir do caldo da cana.

‘Estamos na fase de determinação de parâmetros de engenharia para o dimensionamento de uma unidade industrial com capacidade para produzir 50 mil litros por dia de álcool hidratado’, disse Olivério. Atualmente, a tecnologia DHR vem sendo testada em uma unidade piloto na usina São Luiz, localizada em Pirassununga, São Paulo, que pertence ao Grupo Dedini. A unidade possui capacidade para a produção de 5 mil litros de álcool por dia.

De acordo com Olivério já foram investidos no desenvolvimento desta tecnologia um total de R$ 24 milhões por meio de uma parceria da Dedini com a Copersucar firmada em 1997. O projeto contou também com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O vice-presidente da Dedini acrescentou que, nos testes realizados até o momento, a empresa já conseguiu obter a produção de álcool pela tecnologia DHR a um custo competitivo com a técnica convencional. ‘Nossa expectativa é atingirmos, com o decorrer do tempo, um custo 40% abaixo do apresentado na produção de álcool a partir do caldo da cana’, disse o executivo.

Olivério destacou também que o processo desenvolvido pela empresa já permite uma produção maior por hectare plantado – o que já representa um ganho significativo de produtividade. ‘Enquanto se produz 6.400 litros de álcool por hectare de cana colhida, com o processo DHR se pode atingir uma produção de cerca de 12 mil litros por hectare’, calcula.

A Dedini iniciou estudos sobre a nova tecnologia ainda nos anos 80. No início de 2002 foi formalizada a participação da Fapesp, que viria a contribuir para a instalação da unidade piloto de 5 mil litros por dia.

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