O mercado mantém a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a taxa básica de juros em mais um ponto percentual, em sua última reunião de 2003. A taxa, que hoje é de 17,5% ao ano, deve cair para 16,5%, de acordo com a mediana das estimativas de consultores financeiros de todo o país.
A pesquisa manteve inalterada a previsão da taxa de juros para 2004, em 14% anuais, dentro de um cenário no qual a taxa de câmbio não apresente surpresas e o dólar norte-americano encerre o ano cotado a R$ 2,98, contra os R$ 3,00 na semana passada. Para o próximo ano as estimativas são de cotãção em R$ 3,20, contra os R$ 3,25 da semana anterior.
A pesquisa semanal do BC mantém praticamente inalteradas as previsões de inflação para este final de ano. A estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza os ajustes oficiais, caiu de 9,18% para 9,17%, com o índice do mês previsto em 0,45%. Está acima, portanto, da meta oficial de 8,50% para a inflação de 2003, e deve fechar 2004 em 6%, conforme previsão que o mercado vem sustentando há sete semanas.
Notícias Relacionadas
Mercado
Brasil corta verbas para transição energética em 2025 e pode comprometer metas climáticas, aponta Inesc
Relatório do Inesc aponta redução do orçamento da área de R$ 4,44 bilhões, em 2024, para R$ 3,64 bilhões, no PLOA de 2025
Mercado
ORPLANA repudia pontos do Decreto 12.189/24 do Governo Federal
Organização destaca que embargos e multas penalizam ainda mais produtores que estão sofrendo e também são vítimas dos incêndios
Os demais indicadores de inflação analisados apresentam números mais baixos. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) prevê 8,52%; o Índice Geral de Preços com Disponibilidade Interna (IGP-DI) aposta em 7,56%; e o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica da Universidade de São Paulo (Fipe), estima 8,08%. A expectativa é de queda para os preços administrados no ano que vem: em 7%, contra os 7,15% previstos na semana anterior – quase metade dos 13% estimados em 2003.
As estimativas de mercado melhoraram um pouco mais em relação ao saldo da balança comercial, que deve encerrar o ano em US$ 23,75 bilhões, e não mais os US$ 23,60 calculados na pesquisa anterior. Também deve crescer o saldo em conta corrente, de US$ 2,80 bilhões para US$ 3 bilhões.
Já a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano caiu de 0,25% na semana anterior para os atuais 0,20%. Para 2004, a previsão é de crescimento de 3,5%.
