Para o gerente de Bioeletricidade da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Zilmar José de Souza, a atitude do governo em desligar 34 usinas térmicas movidas a diesel e a óleo, mostra que a biomassa pode, sim, ter seu espaço na matriz energética nacional. “Entendo que a bioeletricidade foi peça importante para o governo federal tomar esta decisão de desligar as térmicas poluentes e mais caras. Mostrando a importância estratégica que a bioeletricidade tem para a segurança do suprimento de energia para o Brasil.
O representante considera, porém, que o segmento precisa se preparar para que, caso seja requisitado, supra a crescente demanda de energia elétrica. Além, é claro, do estimulo do governo. “A Unica estima que, considerando o crescimento da moagem, com a modernização do parque existente e o aproveitamento gradual da palhada da cana, o potencial da bioeletricidade sucroenergética seria mais de 10 vezes o que ofertamos hoje para a rede, energia equivalente à produção de três usinas Belo Monte. Para tanto, há necessidade de uma política setorial de longo prazo para a bioeletricidade, concatenada com o etanol também, pois etanol e bioeletricidade são produtos sinérgicos e, se preciso garantir a expansão do etanol na matriz energética, tenho que estimular a bioeletricidade e vice-versa”.