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Geada afeta canaviais ao redor de unidades da Sabarálcool

Geada afeta canaviais ao redor de unidades da Sabarálcool

Os prejuízos causados pela queda na temperatura registrada em meados de julho ainda estão sendo contabilizados em diversas regiões do Centro-Sul. No Paraná, a geada castigou as lavouras de cana-de-açúcar em torno das duas unidades da Sabarálcool.

De acordo com o diretor agrícola da usina, Victor Vicari Rezende, os a matéria-prima é extremamente afetada com as temperaturas baixas. “A geada proporciona a queima das folhas de forma geral limitando a fotossíntese da planta e consequentemente o seu crescimento. Apesar da temperatura mais amena, da menor precipitação e dos dias mais curtos (com menos insolação), a cana ainda continuaria crescendo de agosto até o final da safra. A restrição de folhas fazendo fotossíntese limita o crescimento e reduz a produtividade agrícola do canavial do último terço de safra. Entretanto o pior prejuízo é quando a geada atinge o meristema apical, ou seja, a gema da ponta do colmo por onde a cana continuaria seu crescimento”.

Rezende explica também que quando a geada afeta tal parte, a cana para de crescer, ocasionando outros problemas. “A infecção começa na ponta e vai descendo para o colmo levando a planta a entrar em processo de fermentação generalizada e apodrecimento. Neste caso é necessário colher a matéria-prima o mais rápido possível, mesmo que ela não esteja com idade ideal de colheita e muito menos nos níveis de açúcares desejáveis”.

De acordo com o especialista, um levantamento está sendo realizado para apurar as perdas com as geadas. “Ainda estamos levantando os dados, mas estimo 35% do canavial a ser colhido foi plenamente prejudicado. Na unidade Matriz seriam aproximadamente 250 mil toneladas e na unidade Filial 200 mil toneladas”.

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