
Representantes internacionais de associações ligadas a biocombustíveis se reuniram no fim de junho para discutir a importância da criação de uma agenda global, durante o segundo dia do Ethanol Summit 2013. Houve um consenso entre os participantes de que o principal obstáculo do setor sucroenergético internacional são as barreiras comerciais, tarifárias ou não, criadas pelos países. Esse deve ser o primeiro passo em direção a uma agenda global.
Para Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, é preciso eliminar essas barreiras que atrapalham o comércio. “Ter uma agenda global é importante. Mas se todos nós concordamos que a aliança é o caminho para um desenvolvimento global, porque há tanto protecionismo?”, questionou.
Questionado sobre o que seria mais importante, lutar contra os inimigos ou juntar-se ao as amigos, Rob Vierhout (foto), presidente da ePURE – European Renewable Ethanol, respondeu que primeiro é preciso definir quem são os amigos e inimigos. “O que incomoda é que não somos capazes de construir uma agenda mútua. Precisamos de política que nos apoie, precisamos desfazer mitos.”, disse.
Ed Hubbard, diretor jurídico da Renewable Fuels Association (RFA), concordou que como líderes é preciso trabalhar juntos para criar esse mercado. “Espero que essa discussão se mova além das palavras”, afirmou.
Meghan Sapp – secretária-geral da Partners for Euro-African Green Energy (PANGEA), declarou achar irônico que esse mercado global seja formado apenas por Europa, EUA e Brasil. “Enquanto meus colegas estão brigando entre si, estamos perdendo oportunidades de criar mercado na África, por exemplo”, disse.