
Apesar de já estar por mais de décadas no exterior, a biorrefinaria está cada vez em evidência no Brasil e poderá ser a aposta do futuro para o segmento sucroenergético, gerando receita extra. Muitas empresas têm apostado nas novidades para conquistar essa nova parcela de mercado. É o caso da empresa Senergen que desenvolveu uma biorrefinaria para receber bagaço, palha e pontas secas e transformá-los em combustível sólido. “Essa é uma tecnologia muito atrativa para as usinas pois funcionaria como receita extra, com um produto fácil de comercializar e barato de se produzir. Poderia gerar uma receita mais alta do que do próprio álcool. A tecnologia transforma a biomassa na celulignina e dessa forma poderá ser comercializada ou queimá-la obtendo um gás para indústria petrolífera e petroquímica que custa cerca de 1500 reais a tonelada”, admite Ibere Lopes, vice – presidente de Assuntos Corporativos da Senergen.
Ele explica que em uma indústria de médio porte de 1 milhão de toneladas de moagem por safra, seria necessária uma biorrefinaria com capacidade para processar cerca de 300 mil toneladas/ano. “Uma biorrefinaria desse porte custaria em torno de 6 milhões de reais”, informa.