“Dizer que o preço da gasolina tem causado os problemas do setor sucroenergético é tapar o sol com a peneira”. A frase é do diretor do departamento de Combustíveis Renováveis, Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, que nesta quinta-feira, 27, participou d o Ethanol Summit, em São Paulo.
Durante o evento, a maior reclamação dos representantes canavieiros é a ausência da Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – sobre a gasolina, fator que tem complicado a relação de competitividade entre o combustível fóssil e o biocombustível.
Questionado sobre o assunto, Dornelles rechaçou qualquer possibilidade de negociação no momento. “A Cide não vai voltar em curto prazo. Estamos preocupados com o crescimento do país, assim como com a inflação. A volta da Cide sobre a gasolina é muito bom para o setor sucroenergético, mas pode não ser para a sociedade”, explicou.
Sobre maneiras de o segmento canavieiro retomar o trilho da evolução, o representante fala em investimentos. “O setor é muito heterogêneo, e assim, os interesses são muito diversificados. Vejo que parte do segmento está no caminho certo, voltando a investir em produtividade e eficiência. Aqueles que desenvolverem primeiro esses pontos, vão deslanchar”, finalizou.