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Área plantada avança em São José do Rio Preto

A área ocupada de plantação de cana-de-açúcar nos 23 municípios atendidos pelo CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), na região de São José do Rio Preto quase triplicou nos últimos 12 meses.

Segundo dados do órgão ligado a secretaria de Agricultura de São Paulo, houve um crescimento de 196,5%, passando de 13,0 mil hectares em novembro de 2002 para 38,6 mil hectares em novembro deste ano.

Os dados do CATI também mostram que neste mesmo período a área destinada à pecuária teve redução de 5,8%, passando de 424,1 mil hectares para 399,6 mil hectares, e a área de plantação de laranja caiu 6%. Era de 51,9 mil hectares em novembro de 2002 e no último mês foi de 48,7 mil hectares.

O estudo encomendado pela Açúcar Guarani S.A, indústria sucroalcooleira localizada em Olímpia, que compara três opções de negócios na região Noroeste do estado de São Paulo, aponta “o que está acontecendo é uma substituição de cultura por conta das vantagens apresentadas pela cana”.

Custos mais baixos são os artifícios para que os agricultores mudem suas culturas. O produtor precisa investir R$ 2,12 mil para formar um hectare de cana, enquanto o capital investido para a plantação da mesma área de laranja é de R$ 7,89 mil.

O engenheiro e economista Ricardo Perina, professor do Programa de Educação Continuada da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), que coordenou a pesquisa, afirmou que “os investidores observam como um dos principais atrativos para a produção da cana o capital inicial necessário que é quase quatro vezes menor do que o exigido na cultura da laranja e 36% menor do que o na pecuária”.