A inauguração da Arena de Pernambuco será palco do protesto de entidades de classe dos produtores de cana dos estados nordestinos no próximo dia 20. Eles defendem a aprovação da subvenção canavieira que foi vetada pela presidente na semana passada e que daria apoio aos produtores que atravessam a maior seca dos últimos 50 anos. A expectativa inicial do setor é de reunir cerca de três mil produtores. A manifestação está sendo coordenada pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e conta com o apoio da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana).
Nesta terça-feira, dia 14 de maio, os dirigentes se reúnem na Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP), às 10h. Segundo Alexandre Lima, outros setores agrícolas também participarão do protesto.
Entenda a situação
A decisão do veto da presidente Dilma Rousseff foi publicada na edição do dia 8 de maio, no Diário Oficial da União. Uma das medidas emergenciais em prol da reivindicação foi a reunião que aconteceu no próprio dia 8, em Brasília, entre dirigentes do Nordeste e o presidente do Senado, Renan Calheiros.
O veto da presidente Dilma Rousseff ao pagamento do subsídio econômico que seria destinado aos 21 mil produtores nordestinos de cana-de-açúcar atingidos pela maior seca dos últimos 40 anos, causou indignação e surpresa na classe produtiva da região.
A subvenção econômica, inserida na MP 587, foi criada pela própria presidente Dilma ainda enquanto era ministra da Casa Civil no segundo governo Lula. Há três anos, o produtor recebe subvenção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), oriundo da fonte orçamentária OC2 do Ministério da Agricultura. Até o ano passado, a subvenção equivalia a R$ 5,00 por tonelada de cana fornecida às usinas, até o limite de mil toneladas por produtor. Este ano, a proposta aprovada pela Câmara Federal elevava esse valor para R$ 10,00 por tonelada, mantendo o mesmo limite por produtor.