Em reunião realizada no fim da tarde desta segunda-feira (22/4), no Palácio do Planalto, em Brasília, líderes do setor sucroenergético se encontraram com a presidente Dilma Rousseff para alinhar um pacote de medidas de incentivo ao etanol. As solicitações vêm sendo discutidas há alguns anos, desde que o biocombustível perdeu competitividade em relação à gasolina.
Dilma prometeu reduzir a carga tributária e o prazo de compensação de crédito, além de também diminuir o volume de importação da gasolina.
Com exclusividade, o JornalCana teve acesso as medidas que integram este pacote, sendo elas:
– queda nos juros do financiamento referente ao ProRenova, chegando no máximo a 5,5%;
– programa de financiamento para estocagem;
– cobrança do imposto PIS/Cofins (Programa de Integração Social/Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social), tanto na produção quanto na distribuição, zerada.
Em busca da retomada do etanol brasileiro, no início do ano, o governo já havia autorizado o reajuste nos preços da gasolina e do diesel (6,6% e 5,4%, respectivamente), além de restabelecer a mistura de 25% de etanol na gasolina, que havia sido reduzida para 20% em 2011 por conta de uma escassez do biocombustível.
“Essa desonaração não vai aplacar os vários anos que passamos sem rentabilidade”, afirmou uma fonte ligada ao setor, após a reunião. Amanhã, 23, o Ministério da Fazenda prometeu detalhar as medidas que compõem o pacote de incentivo ao setor.