
A segunda-feira (22/4) pode ser de novidades para o setor sucroenergético. Isso porque a presidente Dilma Rousseff reunirá membros do segmento para fechar um pacote de financiamentos ao produtor, reduções de juros em empréstimos e redução da carga tributária para o setor. Tais ações visam dar maior competividade ao etanol em relação à gasolina.
As informações foram divulgadas pela Folha de São Paulo, que traz ainda, que Dilma pode fazer o anúncio ao fim da reunião, dependendo das negociações finais das medidas.
O objetivo é zerar a cobrança de PIS/Cofins sobre o combustível, hoje equivalente a R$ 0,12 por litro de etanol –ou R$ 48,00 por metro cúbico.
Nos últimos anos, essa tem sido uma das reivindicações do setor canavieiro. No início de 2013, a presidente havia prometido a empresários medidas visando a retomada da competitividade do produto no Brasil. “”A falta de política vai matar o carro flex”, disse Marcos Jank, ex-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em meados de março.
Outro ponto visando aumentar a produtividade das lavouras é melhorar o acesso de financiamentos ao produtor, tendo como condição de que os recursos serão destinados de fato à produção de etanol no país.
Ainda que não seja o suficiente, a expectativa para que as medidas de incentivo saiam é grande. Em entrevista exclusiva ao JornalCana, Mônika Bergamaschi, secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de São Paulo, apontou um dos gargalos do país. “O Brasil peca pela ausência de um planejamento para o setor de biocombustíveis. Uma política clara, definida, que traga segurança para atrair novos investimentos”.